GRAVATÁ





Contrapondo-se à origem do seu nome, o mesmo de uma bromeliácia que na língua Tupi significa "mato que fura" , Gravatá é uma cidade acolhedora e de clima surpreendentemente ameno para seus 700 metros de altitude, em plena Zona do Agreste, a 80 kms do Recife. Os primeiros habitantes da área foram os índios Tapuia Cariri mas a cidade teve o seu núcleo numa fazenda de gado que pertencia a Justino Carreiro de Miranda, no final do Século XVIII. Transformada hoje no mais concorrido pólo pernambucano de final de semana e cenário de grandes eventos anuais, a história moderna de Gravatá resulta na verdade de um erro de avaliação atribuido a tecnocratas do governo, responsáveis pela extinta política habitacional das Cohabs. Sem o respaldo de pesquisas consistentes o poder público escolheu Gravatá para erguer vilas populares interioranas, que começaram a ser construídas na década de 60. Mas, ao contrário do que se esperava, as pequenas casas não despertaram o interesse da população rural e aos poucos foram sendo adquiridas por famílias recifenses, que dessa forma descobriram um meio de usufruir de um clima de montanha com temperaturas agradáveis em finais de semana, pagando mensalidades irrisórias. E assim no lugar das vilas populares o que existe são bairros e condomínios elegantes. A corrida recifense para Gravatá aumentou e gerou uma surpreendente valorização de terrenos nas cercanias da cidade, onde, a partir da década de 70, surgiram os privês com residências em estilo arquitetônico alpino e centenas de chácaras. Nos meses de Inverno, entre abril e julho, a temperatura local cai para menos de 20 graus e desce ainda mais nas noites.
A invasão da classe média em Gravatá fomentou o surgimento de uma rede de bons restaurantes, hotéis e pousadas, além de estimular seu comércio que fatura bastante nas altas temporadas quando a presença da população flutuante duplica o número de habitantes estimado em 73 mil residentes fixos. Quem chega a Gravatá e possui um mínimo poder de observação, conclui que ali há algo mais a ser explicado. A começar pela sucessão de restaurantes na margem da BR-232. O primeiro deles, a Taverna Suíça, completou 30 anos de existência e o seu proprietário, José Luís Troin, é o pioneiro na introdução do fondue em Pernambuco. Inspirada nos congêneres de sua terra natal, a própria Suíça, a casa é considerada uma das mais charmosas e aconchegantes de Gravatá, com um cardápio e uma carta de vinhos sempre de muito bom gosto. O Faisão Dourado, o Le Cottage, A Moenda, Castelinho, Cortegada, Massa da Serra, Buchadinha do Gordo, Colina, Chalé, Panela de Barro são alguns da série que a partir das sextas-feiras estão sempre muito movimentados. A maioria serve fondue e carnes.
Mas Gravatá não é apenas um lugar de bons restaurantes onde o clima favorece à degustação de vinhos. É também famoso por concentrar dezenas de fábricas de móveis, artesanato de bronze e de tecidos. O acesso principal da cidade, em todas as margens da rodovia, é pontilhado de casas de artesanato e de móveis com designs atuais. Estima-se que 10 mil veículos trafegam diariamente naquele trecho da BR-232, fato que vem estimulando uma política de Marketing para prender a atenção dos turistas em trânsito e sempre atentos para a beleza arquitetônica dos condomínios, dos restaurantes e do comércio.
A cidade realiza grandes eventos na época da Semana Santa e dos festejos de São João. Nesses períodos os proprietários dos haras de cavalos de raça organizam concorridos leilões registrando records regionais e até nacionais de preços, enquanto artistas famosos se apresentam nos mega-shows programados em espaços com infra-estrutura de serviços que abrigam até 5 mil pessoas por noite. Além disso desde 1990 seus animadores culturais realizam a Festa do Morango, numa homenagem à cultura iniciada pela matriarca Maria de Jesús Gomes e seus filhos, originários da Ilha da Madeira que transformaram Gravatá num centro produtor desses frutos. O festival acontece sempre nos meses de outubro e o último deles reuniu, na avenida Joaquim Didier, uma multidão de interessados em geléias, doces, sorvetes, bolos e tortas, licores, com direito a shows musicais, exposições fotográficas e vendas de artesanatos.
Um dos aspectos arquitetônicos mais interessantes de Gravatá, além dos modernos condomínios e chácaras "suiças", fica por conta de seus tradicionais casarões senhoriais datados do Século XIX e início do Século XX, onde conhecidas e abastadas famílias proprietárias rurais residiam ou passavam temporadas procurando manter ou recuperar a saúde, graças ao clima frio seco com temperaturas que oscilam entre 5 e 20 graus. As temperaturas mínimas são registradas nos meses de maio e junho. Num raio de 5 kms do centro as pessoas podem também visitar belas cachoeiras que embora localizadas nos limites de propriedades privadas têm os acessos livres. Existem em número de oito, alimentadas por fontes de águas puras e minerais. Caminho obrigatório para o Sertão, as montanhas de Gravatá são atravessadas por treze túneis ferroviários com obras de arte e pontilhões que assinalam uma das maiores conquistas da engenharia civil do início do Século. Na década de 50 os trens com destino ao Agreste e Sertão levavam cerca de 2 horas do Recife até a romântica estação de Gravatá. Atualmente os 80 kms que a separam do marco zero do Recife são percorridos em 50 minutos pela BR-232 cujos anunciados planos de duplicação vão estimular ainda mais o turismo interno em direção à "Suíça Pernambucana".


Haras e Fazendas - dezenas de haras e fazendas em Gravatá, onde são criados os principais mangalargas e quarto de milha da região.Cachoeira das Palmeiras e Pedra de Tao - cercada de mata Atlântica, distante a 16 Km de Gravatá, em uma estrada de rara beleza.
Engenho Caranguejo - localizado no Distrito de Uruçumirim a 26 Km de Gravatá, um típico engenho de cana de açúcar, movida a roda d'água, fabricando rapadura e mel de engenho.Capela São Miguel - localizada na estrada para Mandacaru, apenas 2 Km de Gravatá, capela onde Frei Damião celebrou sua 1ª missa no Brasil.
Fazendas de Flores - nas regiões de São Severino, Camucin e Limeira, dezenas de fazendas dedicam-se a produção de flores, crisatemos, gradiolos, rosas e tantas outras, fazendo de Gravatá a maior produtora do Nordeste.
Pedra Branca - pedra de 110 metros de altura, usada para prática de esportes radicais, alpinismo. A 3,5 Km da cidade, na estrada para Engenho Amora Grande.Trilha dos Trilhos - passeio para quem gosta de aventura e conviver com a natureza, seguindo da BR 232 Km 78, caminhando por trilhos você passará por túneis e pontes com 70 metros de altura, mais ou menos 3 Km.Balneário Dona Nadir - local bastante aconchegante, cercado de muito verde e água corrente, piscinas naturais e bicas, apenas 8 Km da cidade.Monte do Cruzeiro - um dos pontos mais alto do centro urbano de onde se avista toda a cidade. O pôr do sol de lá é deslumbrante.Polo Moveleiro - espaço onde os principais fabricantes de móveis rústicos e artesanatos de Gravatá comercializam seus produtos.Estação do Artesão - a antiga estação ferroviária foi transformada num centro de exposição e vendas de artesanatos produzidos em Gravatá.Memorial de Gravatá - a antiga cadeia pública, construída no século passado, após uma grande restauração se transformou no museu de Gravatá, com peças doadas pela sociedade gravataense.


Fonte Aqui

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